Tendência à vitimização. Complexo
de inferioridade. Vontade de ser “amigo do Rei”. Nenhum constrangimento em
andar com o “rabo no meio das pernas”. Servilidade mental. Vergonha de ser
sexuado de acordo com o seu gênero natural. Profunda autocomiseração. Desrespeito
pelo que pertence aos outros. Ganância exacerbada. Compulsão ao furto. Inversão
total dos valores da Família. Ojeriza à tradição. Simpatia pelo “amor bandido”.
Apoio irrestrito e irracional àqueles que destroem nações e povos em nome de
ideologias malsas e comprovadamente ineficazes e pérfidas. Inveja mortal dos
países e dos líderes que, bem-sucedidos, ousam ir de encontro aos que eles
consideram ser “politicamente correto”.
Por mais incrível que possa
parecer, esses são os elementos que melhor definem a grande maioria atual da
sociedade brasileira. Eles são os responsáveis pela situação do País, pois
estão sobeja e abundantemente representados pelos políticos que ela elegeu. Em
última instância, chega de hipócrita covardia de confrontar a realidade: a
culpa é do povo!
Não reconhecer isto é
deixar-se enredar em um pensamento circular. Revoluteia em torno de um mesmo
ponto ao qual sempre retorna. Não há como sair do labirinto dominado pelo Minotauro
da “elite do poder”. Perdidos nele, deve a sociedade massacrar a juventude para
saciar a sua fome pela virtude dos outros. Só, em seu mundo utópico, invejoso e
cruel, ele é o canibal de nossas famílias.
Um arqueólogo de olhar treinado
reconhece na superfície o potencial do que está no subsolo, enterrado e
desconhecido. Igualmente, em arqueologia, a ausência de algo é decisiva no
entendimento do acontecido em algum lugar. Na vida de um país acontece exatamente
o mesmo. Se ninguém renuncia a nada, não há vergonha na cara. Se há troca de caráter para conseguir ou manter emprego
e posição, no público ou no privado, não há honra. Nenhum resquício dela.
Dignidade? Nem falar. Hombridade, então – a qualidade de ser Homem – é impossível,
e perigoso, pois a sociedade somente valoriza o que é incomum, chocante,
exótico e bizarro. Porque nada disso é alicerce para a construção de uma família
sã.
A superfície moral de nossa
nação é um deserto no qual não sobrou a menor mancha de ocupação por virtudes e
boas qualidades. Nada sobrou depois da destruição intencional de todos os
heróis de nossa História. A aniquilação da lembrança dos luminares de um povo é
arma preferencial da esquerda, e só encontra paralelo na velocidade e empenho
que possui em construir enormes edifícios sem alicerces, nos terrenos
pantanosos de seus heróis fabricados.
O povo é culpado, pois entrega
sua mente e sua capacidade de querer à uma imprensa comprometida em conduzir o
gado ao matadouro e não a de informar com correção, sua função por juramento
profissional. Com raras exceções, os “jornalistas” contemporâneos são perjuros.
Mas não são só eles, infelizmente, pois há muitos outros perjuros em outras
instituições.
O povo se regozija quando
surge a oportunidade de se mostrar “civilizado”, e se lambe todo ao exarar loas
naqueles que, pelo fato da morte, viram ícones de qualidades que nunca tiveram,
de virtudes que raramente usaram.
Transformam o homem em ser
mitológico e confundem a simpatia pessoal com correção de atitudes. Enterram os
males, os equívocos, as falsidades, as coisas malfeitas para que desapareçam.
Assim, o povo, ao invés de
aprender algo, mais enterra a cabeça na areia, mas ficam com o traseiro de fora.
Não percebem que o fato de não enxergar nada só lhe é desvantajoso? Que a
verdade não depõe contra o desaparecido, mas que a equivocada avaliação da
pessoa pública pode danificar uma geração vindoura?
Dois exemplos: Tancredo Neves,
que a imprensa tratou como se fosse a esperança perdida do país, pois ele o
governaria bem. Que balela! Tancredo já governara o Brasil, como
Primeiro-Ministro, nos inícios dos anos 60. E o que fez? Renunciou para
inviabilizar o sistema parlamentarista, e o conseguiu. Tudo bem, foi a opção
dele. O que demonstra a minha asserção inicial é o fato de que o povo enganado
pela imprensa é o mesmo que havia assistido a tudo aquilo. Atuou como aqueles macaquinhos
simpáticos que não falam, não escutam, não veem.
Agora, com o Ministro do STF, a
mesma coisa. Simpático aos colegas, carinhoso com os colegas, mas
ideologicamente comprometido com a esquerda, tudo fazendo parta proteger
figuras polutas do Poder Público.
Sinceramente, com o ser
humano, rezo para que a terra lhe seja leve, mas como cidadão não acho que fará
falta ao País.
Ótima reflexão!
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