sábado, 21 de janeiro de 2017

Tal povo, tais políticos




Tendência à vitimização. Complexo de inferioridade. Vontade de ser “amigo do Rei”. Nenhum constrangimento em andar com o “rabo no meio das pernas”. Servilidade mental. Vergonha de ser sexuado de acordo com o seu gênero natural. Profunda autocomiseração. Desrespeito pelo que pertence aos outros. Ganância exacerbada. Compulsão ao furto. Inversão total dos valores da Família. Ojeriza à tradição. Simpatia pelo “amor bandido”. Apoio irrestrito e irracional àqueles que destroem nações e povos em nome de ideologias malsas e comprovadamente ineficazes e pérfidas. Inveja mortal dos países e dos líderes que, bem-sucedidos, ousam ir de encontro aos que eles consideram ser “politicamente correto”.

Por mais incrível que possa parecer, esses são os elementos que melhor definem a grande maioria atual da sociedade brasileira. Eles são os responsáveis pela situação do País, pois estão sobeja e abundantemente representados pelos políticos que ela elegeu. Em última instância, chega de hipócrita covardia de confrontar a realidade: a culpa é do povo!
Não reconhecer isto é deixar-se enredar em um pensamento circular. Revoluteia em torno de um mesmo ponto ao qual sempre retorna. Não há como sair do labirinto dominado pelo Minotauro da “elite do poder”. Perdidos nele, deve a sociedade massacrar a juventude para saciar a sua fome pela virtude dos outros. Só, em seu mundo utópico, invejoso e cruel, ele é o canibal de nossas famílias.

Um arqueólogo de olhar treinado reconhece na superfície o potencial do que está no subsolo, enterrado e desconhecido. Igualmente, em arqueologia, a ausência de algo é decisiva no entendimento do acontecido em algum lugar. Na vida de um país acontece exatamente o mesmo. Se ninguém renuncia a nada, não há vergonha na cara. Se há  troca de caráter para conseguir ou manter emprego e posição, no público ou no privado, não há honra. Nenhum resquício dela. Dignidade? Nem falar. Hombridade, então – a qualidade de ser Homem – é impossível, e perigoso, pois a sociedade somente valoriza o que é incomum, chocante, exótico e bizarro. Porque nada disso é alicerce para a construção de uma família sã.

A superfície moral de nossa nação é um deserto no qual não sobrou a menor mancha de ocupação por virtudes e boas qualidades. Nada sobrou depois da destruição intencional de todos os heróis de nossa História. A aniquilação da lembrança dos luminares de um povo é arma preferencial da esquerda, e só encontra paralelo na velocidade e empenho que possui em construir enormes edifícios sem alicerces, nos terrenos pantanosos de seus heróis fabricados.

O povo é culpado, pois entrega sua mente e sua capacidade de querer à uma imprensa comprometida em conduzir o gado ao matadouro e não a de informar com correção, sua função por juramento profissional. Com raras exceções, os “jornalistas” contemporâneos são perjuros. Mas não são só eles, infelizmente, pois há muitos outros perjuros em outras instituições.

O povo se regozija quando surge a oportunidade de se mostrar “civilizado”, e se lambe todo ao exarar loas naqueles que, pelo fato da morte, viram ícones de qualidades que nunca tiveram, de virtudes que raramente usaram. 

Transformam o homem em ser mitológico e confundem a simpatia pessoal com correção de atitudes. Enterram os males, os equívocos, as falsidades, as coisas malfeitas para que desapareçam. 

Assim, o povo, ao invés de aprender algo, mais enterra a cabeça na areia, mas ficam com o traseiro de fora. Não percebem que o fato de não enxergar nada só lhe é desvantajoso? Que a verdade não depõe contra o desaparecido, mas que a equivocada avaliação da pessoa pública pode danificar uma geração vindoura?

Dois exemplos: Tancredo Neves, que a imprensa tratou como se fosse a esperança perdida do país, pois ele o governaria bem. Que balela! Tancredo já governara o Brasil, como Primeiro-Ministro, nos inícios dos anos 60. E o que fez? Renunciou para inviabilizar o sistema parlamentarista, e o conseguiu. Tudo bem, foi a opção dele. O que demonstra a minha asserção inicial é o fato de que o povo enganado pela imprensa é o mesmo que havia assistido a tudo aquilo. Atuou como aqueles macaquinhos simpáticos que não falam, não escutam, não veem.

Agora, com o Ministro do STF, a mesma coisa. Simpático aos colegas, carinhoso com os colegas, mas ideologicamente comprometido com a esquerda, tudo fazendo parta proteger figuras polutas do Poder Público. 

Sinceramente, com o ser humano, rezo para que a terra lhe seja leve, mas como cidadão não acho que fará falta ao País.