quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Nosso futuro "bolivariano"

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Li, hoje, no jornal venezuelano TalCual,  e  que traduzo:


"Com a queda do Muro de Berlím em 1989 e com a implosão da União Soviética em 1991 o sistema comunista demonstrou a grande fraude que havia sido e o despertar de um sonho que se que havia convertido em pavoroso pesadelo.

Restaram tão somente Cuba e Coréia  do Norte.  China e Vietnã cada vez mais capitalistas- Fidel Castro recentemente reconheceu tal situação.


Entretanto, em outro país, na petrolífera Venezuela, um Tenente Coronel está empenhado em levá-la à esse sistema que fracassou redondamente na Rússia, na Europa Oriental e na Ásia."


Quem afirma  isto é o jornalista caraquenho Victor Hugo DPaola, ao analisar o que vem acontecendo em seu país e comparando com as ações acontecidas no livro "La novela de mi vida", do escritor cubano Leonardo  Padura. O autor criou-se na revolução cubana e seu livro reflete justamente no tenebroso tempo em que a Ilha de Fidel viu-se subitamente sem as mesadas da URSS para sustentá-la, e antes que surgisse um novo "mecenas", o Tenente Coronel Hugo Chavez a fazer bondades e deferências com o dinheiro de sua gente.


Mas o que interessa nesse caso, é o resultado que tal estado de coisass gerou para a Venezuela. Mais de 90% da receita da Venezuela advém do petróleo - ela faz parte da OPEP. Com os preços altamente valorizados do óleo bruto - o tipo mais produzido pela Venezuela - tudo eram flores. O Estado começou a 'comprar' a boa vontade da população menos favorecida, num ato de puro populismo, e o Tenente Coronel, autoritário, místico pois se pensa a reencarnação de Simon Bolívar, que foi um aristocrata de família rica e tradicional e que lutou para romper os laços da colônia com a metrópole espanhola, transformando-a em uma República provisoriamente mantida por uma ditadura. Chavez só  gostou dessa última parte.


Megalomaníaco, com afamília vivendo melhor do que a família real inglesa, tudo podendo fazer, usou de sua popularidade e resolveu que seria um novo marco na história política universal:  criaria   o "socialismo do século XXI", através da "Revolução bolivariana ", com a intenção de, com o passar do tempo, incorporar todos os demais países latino-americanos - incluíndo o Brasil - sob a sua guarda e comandância. Já está fazendo isto com Cuba e Bolívia, mas quebrou a cara com Honduras, Chile, Colômbia, México e, vejam, até com o Haiti.


Essa tal de "bolivariana" é o seguinte: vamos gastando e comprando aliados com o dinheiro do petróleo, e enquanto isso, vamos nacionalizando tudo, dificultando a iniciativa privada, prendendo opositores, calando os meios de comunicação, criando uma milícia popular e outras dessas bravatas sem nenhuma originalidade, a naõ ser o sustento das pessoas "bolivarianas " com o dinheiro do petróleo. E tudo dará certo. É claro  que não podia dar certo. E não deu! Hoje falta de tudo na Venezuela: de papel higiênico a eletricidade. O povo deu um  basta.


Achan do-se invencível, e ainda assim criando casuísmos eleitorais para favorecê-lo, acaba de ser derrotado perdendo a maioria da Câmara Nacional.  Logo aí, perderá o cargo. Ou vai endurecer o jogo, como todo o esquerdista radical sabe fazer, e aí veremos o que vai dar.


Aqui ao lado, na  Argentina, seus 'amiguitos' está para ocorrer o mesmo. A Cristina-nestor Kirchener estão quebrando a Argentina, lutando contra a liberdade de imprensa, a qual teima em mostrar  os fracassos e a corrupção de seu governo. O casal Kirchener, mesmo governando, ainda teve a capacidade de apresentarem o maior crescimento patrimonial da América - alguns milhares por cento. Mas não escapam do povo argentino, altamente politizado e já cansado de aventureiros.


E o Brasil? Bem, o Brasil somente poderá ser analisado após o pleito do dia 03 de outubro: ou se torna um país para todos, se ganhar Serra; ou um país para o PT, o Chavez, o Dirceu, o Amorim, o Top-Top Garcia, o genuíno e toda a com panheirada, se ganhar Dilma.   Aí, nessa última hipótese, adeus democracia. Vamos perder o bonde da História.


Nem sei se o país continuará unido territorialmente.

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