O jornalista Christopher Hitschen, do jornal "The Washington Post", diz que enquanto o mundo para, na espera, o Irã vai alcançando a construção da bomba, e continua:
"Dois eventos na semana passada retardaram a aproximação gradual da administração Obama para com o Irã. Eles também nos colocam em aviso prévio em relação a dois possíveis desenvolvimentos futuros, um deles extremamente ameaçador, o outro um pouco mais animador.
Em 15 de maio, fomos submetidos a uma tirada pelo aiatolá Mohammad Bagher Kharrazi, líder do partido Hezbollah, Irã, e proprietário do jornal de mesmo nome, que publicou seu artigo incendiário. A necessidade da hora, entoou o aiatolá, é o "Grande Irã", que assumiria o controle hegemônico de grande parte do Oriente Médio e Ásia Central (que se estende do Afeganistão à Palestina, de acordo com as ambições largamente descritras em sua retórica) . Este novo imperialismo, ele enfatizou, possui dois atributos muito atraente. A abolição do Estado judeu, e a hhegada do Mahdi, o imã oculto, há muito esperada, com seu prometido reino de perfeição, o qual está em suspenso desde o seu desaparecimento brusco, no século IX.
O segundo evento, ocorreu no mundo material, no aqui e agora. A população curda do Irã, longamente oprimida, conseguiu levar a cabo uma greve bem organizada, em todas as principais cidades de sua região. Escolas, lojas e bazares estavam fechados, e a afirmação de que a greve era bastante sólida parece ser bem suportada pela evidência. A ocasião para a greve foi a execução brutal de cinco ativistas anti-regime, sendo quatro deles curdos. Esta é a única tática que a República Islâmica do Irão parece ter deixado à disposição deles, ao se aproximar o aniversário do golpe militar do ano passado pela Guarda Revolucionária. "
-------------------------------Este é o perigo do poder - mesmo que relativo - nas mãos de quem nada sabe, nunca leu, nada conhece de história e se acha grande coisa. Indispõe-se com o lado de princípios corretos, e democrático - mesmo que com defeitos comportamentais - em troca de parcerias escusas com gente muito mais esperta do que ele. Pobre Lula, vai acabar execrado na história mundial no futuro próximo.
De outro lado, a sofrida e discriminada etnia curda, valente como só, que assistiu a morte de seus nacionais poucos dias antes da visita de Lula, - que nada disse -, é um permanente espinho no calcanhar do regime ditatorial e totalitário do Irã. É questão de tempo, mas o Bem vencerá, como venceu ao Nazismo anteriormente.
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