As grandes potencias, sem exceção, uniram-se para impedir a tentativa do Brasil e da Turquia em fazer o Irã ganhar tempo para fazer sua bomba atômica.
A Secretária norte Americana de defesa, Hillary Clinton, disse no perante uma comissão do Senado: "Chegamos a um acordo sobre um rascunho, com a cooperação da Rússia e da China", e enfatizou: "Acho que este anúncio é uma resposta convincente para os esforços desenvolvidos em Teerã nos últimos dias".
Ela referia-se à reunião de surpresa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro da Turquia, Erdogan Taryy Recept, realizam no último domingo em Teerã com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, a qual terminou com um compromisso de enviar a última parte do seu urânio para a Turquia lá para ser submetido ao processo de enriquecimento.
O acordo, imediatamente, despertou as suspeitas dos países do P5 +1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança mais a Alemanha), que viu a operação como uma mera manobra política promovida por dois países com fortes interesses econômicos no Irã e que buscam ganhar reconhecimento internacional. O Irã jogou para o ar um acordo semelhante, em outubro, com o P5 +1, que estipulava enviar urânio para a Rússia. A diferença deste atual, é a continuação da não-ingerência da Comissão Internacional de Energia Atômica nas usinas de beneficiamento de urânio do Irã.
Segundo o jornal espanhol, El País, o acordo de Teerã foi, de imediato interpretado, interpretado por Washington como uma manobra para evitar sanções. Na noite, literalmente, correu o risco de que as sanções propostas foram torpedeados na discussão de um projecto entre os membros do Conselho de Segurança. A urgência existe, pois é cada vez mais evidente a ameaça de que o Irã tente construir uma arma nuclear. Mas, acima de tudo, a surpresa da cúpula em Teerã. "Há uma série de perguntas não respondidas sobre o anúncio de Teerã", reconheceu Clinton.
Algumas delas são questões que afetam a predominância da política externa dos E.U.A. e até mesmo o papel de outras grandes potências. Podem dois países como Brasil e Turquia decidir as grandes questões de interesse internacional? Estas nações estão tentando ser o embrião de um modelo alternativo ao Conselho de Segurança? A Rússia e a China também são motivos para se preocupar com essa possibilidade?
Se, para outros esta iniciativa poderia ser preocupante, para Obama, que tinha optado por Lula, para o diálogo com o Irã, que visitou a Turquia em sua primeira turnê internacional, este encontro em Teerã foi grotescamente embaraçoso, um tapa no rosto dos Estados Unidos, e um real ferimento por arma branca em sua política externa.
Seja qual for a finalidade do Brasil e da Turquia, a verdade é que os Estados Unidos, Rússia e China agiram rapidamente. E, aparentemente com convicção. Embora o projecto de resolução sobre as sanções ainda não seja um texto fechado, outras formas têm sido desenvolvidas, incluindo as medidas que podem causar danos consideráveis à economia do regime islâmico e, especialmente, a sua classe dirigente.
O projeto pode incluir um boicote de todas as instituições financeiras ligadas à Guarda Revolucionária Iraniana, a força de elite que lida com o programa nuclear e que também liderou a repressão dos protestos populares dos últimos meses, e a inspeção internacional de navios a partir de portos iranianos carregados de mercadorias que os países considerem suspeitas.
O Irã sofreu sanções duas vezes antes de outros e não impediu o progresso do seu programa nuclear. Talvez desta vez não atingidos. Mas o regime é mais fraco neste momento. Os protestos fizeram uma brecha entre o governo e a população, aumentando o isolamento internacional.
(adaptado de notícia em El País, Madrid)
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O que o Lula, com a sua ignorância histórica, deve estar planejando - auxiliado pelos assessores-jegues que o cercam - é arrumar uma confusão com os Estados Unidos e, usando da ojeriza dos sinistróides brasileiros, apelar para o patriotismo contra a ingerência estrangeira contra um 'desvalido de boa fé' e garantir a vitória da terrorista, ou sua permanência no poder através de uma mudança constitucional. Só tem um problema: a sua estonteante popularidade é falsa, criada por agências de pesquisas a soldo do governo federal, e divulgadas pela imprensa comprada. Vai quebrar a cara... e ele bem sabe que tem gente seca por ele. É só bobear e se achar o 'cara'. Tanto sabe da bobagem que fez, que é visível o seu desconforto nas fotos de mais uma dessas reuniões turísticas de Estado, nessa vez na Espanha.
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