sábado, 27 de março de 2010

Como vão as coisas da 'Sinistra' latino-americana?

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- Um dos mais famosos cantores de Cuba, Silvio Rodriguez, ardoroso defensor da revolução cubana, lançou um apelo em seu novo disco para que haja mudanças - e muitas - em Cuba. Em entrevista, disse que é necessário erradicar o "r" da 'revolução' para que aconteça uma 'evolução'. Consciente de que existe um "conflito nacional" declarou: "A vida nacional, o país, pede a gritos uma revisão de um montão de coisas, de montes de conceitos, até de instituições, e de muitas coisas que tem de revisar em Cuba." (El País, Madrid); A roda começa a girar, e os tempos são outros. Ou apelam para o tradicional banho de sangue como sempre fizeram, ou cairão com estrondo, levando na onda aos decadentes políticos restantes da empobrecida América Latina.

- "Procesar penalmente a uma pessoa por uma expressão crítica que está protegida em qualquer democracia é um precedente muito ruim", afirmou José Miguel Vivanco, diretor para as Américas do Observador Internacional dos Direitos Humanos. "Dadas as limitações de um juízo justo, devido ao controle político do Supremo Tribunal por parte do Governo, é muito provável que as violações à liberdade de expressão se agravem", acrescentou, referindo-se aos fatos recentes ocorridos na Venezuela (El País, Madrid); Repito: é inexorável a piora das tensões na Venezuela  até que exploda em um grande movimento contra Chavez.


- Mais de 10.000 pessoas marcharam nas ruas da cidade de Miami, EUA, em um vigoroso e avassalador apoio da comunidade de exilados cubanos às "Damas de Branco", mulheres, mães e filhas de prisioneiros políticos em Cuba. Liderados pelo cantora Gloria Estefan e outros artistas latinos, carregando folres e vestidos de branco, desfilaram pelo bairro conhecido como Pequena Havana. O ato fez renascer a esperança da comunidade cubana nos EUA em ser capaz de chamar a atenção do mundo mais uma vez para o descaso com os direitos humannos por parte do governo de Cuba (Miami Herald, Miami); A comunidade cubana nos EUA jamais desistiu de conseguir reformas poíticas em Cuba, mesmo que na maior parte das vezes não tenha tido força suficiente para internacionalizar os protestos e demandas. Mas ventos novos estão soprando. Hoje, em Cuba, grande parte da população é nascida depois da tomada do poder por Fidel. Para estes, portanto, não adianta ficar com comparações que não possuem mais força. A realidade é que a miséria e a falta de liberdade são grandes por lá.

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